Carl Linné, que nasceu em 1707, mostrou, desde criança, talento para a botânica. Aos cinco anos de idade, ele recebeu do pai, pastor de uma igreja luterana e botânico amador, um jardim para tomar conta sozinho. Com o passar do tempo, a vocação de Linné ficou mais evidente. Diferentemente da vontade de seus pais, que queriam que ele seguisse a carreira religiosa, no fim de seus estudos básicos Linné decidiu fazer faculdade de medicina. Isso tudo no ano de 1727, quando tinha 20 anos de idade. Naquela época, os alunos de medicina também estudavam plantas, já que receitavam ervas para seus pacientes. Durante seus estudos, Linné passou um bom tempo dedicando-se a colecionar e estudar espécies botânicas. Depois que terminou a faculdade, nosso jovem cientista resolveu fazer uma expedição pelo interior da Suécia. Essa expedição serviu para descobrir novas espécies de plantas numa região considerada desconhecida de seu país naquela época. Naquele tempo, muitas espécies não eram conhecidas, visto que a prática de descrever os seres vivos estava sendo popularizada pouco a pouco. Embora não tenha se tornado padre, Linné era religioso – assim como a maioria das pessoas daquela época. O pesquisador acreditava que o estudo da natureza mostrava a organização da criação de Deus. Assim sendo, pensava ele, era seu trabalho, como botânico, construir uma classificação que mostrasse essa ordem do universo. Foi por isso que Linné teve a idéia de criar um sistema de classificação dos seres vivos, que acabaria se tornando o seu mais importante trabalho científico: o sistema binominal de nomeação das espécies.
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